11 de novembro de 2013

Advinha quem vai pagar?

Comentário: O Brasil não é um país para amadores. Em qualquer país com um mínimo de ordem legal, uma concessionária de serviço de distribuição tem ativos que se iniciam nas subestações e terminam nos fios de entrega da energia. Aqui, pelas declarações dos seus executivos, o concessionário considera que o combate ao furto de energia não é sua atribuição. A agência reguladora, compreensiva, concede um aumento acima do oficial para que a distribuidora realize o que se espera de concessionários, a fiscalização de seus ativos. A foto mostra o resultado da omissão do estado na ordenação urbana, mas também torna evidente a complacência da distribuidora com uma situação aceita dadas as repetidas políticas compensatórias adotadas pelas agências. Solução há, mas ela só é implantada se alguém pagar.
Advinha quem vai pagar pelo que seria obrigação da concessionária?

 Tarifa especial da Light terá desconto de 70%
Medida para evitar ‘gato’ será contrapartida a reajuste

Henrique Gomes Batista (O GLOBO – 07/11)

RIO - A Light deverá levar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma proposta de tarifa diferenciada para áreas com muitos casos de furtos de energia (os “gatos”), semelhante ao projeto que a empresa desenvolve em algumas favelas pacificadas do Rio. A Aneel aprovou na terça-feira reajuste médio de 6,2% para consumidores residenciais da Light, que começa a valer nesta quinta, contrariando previsão inicial de redução na tarifa. Mas, como contrapartida, a empresa terá que apresentar um plano para diminuir o furto de energia.

Dentro deste plano, a Aneel exigiu uma tarifa diferenciada para áreas com muitos “gatos” e também para todas comunidades pacificadas do Rio. A proposta tem que ser apresentada em até 180 dias. Segundo o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, a ideia é adotar um desconto inicial de 70%. Ao longo de até dois anos, porém, a tarifa vai sendo recomposta até atingir o valor normal. Nesse período, a empresa adota um plano de conscientização dos moradores para reduzir o consumo de energia, que costuma ser alto nas moradias com “gato”.


Empresa terá que melhorar serviço


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