28 de outubro de 2013

CEEE reúne capital de R$240 milhões para LTs atrasadas

Empresa aumentou capital em consórcio para viabilizar financiamento para obras consideras imprescindíveis da Copa do Mundo
Por Natália Bezutti
Crédito: Mauricio Simonetti/Getty Images
Preocupada com o atraso das obras de transmissão consideradas imprescindíveis para a Copa do Mundo de 2014 na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a CEEE-GT está buscando um capital de R$240 milhões que será destinado ao empreendimento, que envolve quatro subestações de energia que somam 747MVA de capacidade e 102 quilômetros de linhas.
Em entrevista à reportagem do Jornal da Energia, o presidente da empresa, Gerson Carrion de Oliveira, confirmou a preocupação com o projeto e que, por isso, assumirá as obras como parte do compromisso público da empresa em solucionar o problema, de forma que nem o Estado, nem tampouco o sistema elétrico nacional, tenham prejuízos.
O primeiro passo para isso foi o aumento acionário da CEEE-GT, dentro da Transmissora de Energia Sul Brasil (TESB), para 53%, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta semana. Com essa participação majoritária, a empresa poderá fazer as operações de empréstimo ponte que necessita para dar continuidade às obras.
Metade do capital já foi obtido com o banco Goldman, e a outra parte, que ainda está em negociação, deve partir do China Development Bank (CDB), totalizando os R$240 milhões. “Assumimos o controle (do consórcio) pelo compromisso histórico da empresa que tem 70 anos. É por isso que gradativamente estamos aumentando nossa participação até que os recursos sejam liberados”, explicou.
Sobre a recuperação do cronograma, Carrion revela que o assunto tem sido acompanhado bem de perto pelo Ministério de Minas e Energia (MME). “O ministério está preocupadíssimo com esses cronogramas, o próprio Ildo Grüdtner (secretário de Energia Elétrica), está acompanhando de perto, junto também com a agência reguladora. E vamos ajustar isso à medida que estamos assumindo o controle”.
O empreendimento foi arrematado no leilão de transmissão de dezembro de 2010, com um deságio de 46,11% da Receita Anual Permitida (RAP) máxima estabelecida. Na formação original, a CEEE detinha a participação de 20% da TESB, enquanto que as demais detinham 40% cada. Em 2012, a estatal gaúcha aumentou sua participação para 26%.

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