13 de março de 2014

Racionamento branco em vigor

Não seria conveniente ao Poder Executivo admitir que o país não consegue atender a demanda de energia elétrica. Especialmente em um ano eleitoral.
Na prática, entretanto os consumidores livres, que representam a maior parte do PIB industrial brasileiro, já estão enfrentando as condições de um racionamento:
  • Os preços de curto prazo para o PLD, da ordem de R$ 800/MWh
  • A média dos últimos doze meses bateu em R$ 300/MWh
  • Os preços para entrega futura estão nas nuvens
    .
    Veja o quadro de preços em http://www.interact-energia.com.br/?page_id=19  
Os consumidores cativos, se a regulação das bandeiras tarifárias entrar em vigor como previsto, terão também um expressivo impacto em seus custos:
  • Com a tendência prevalente do PLD, será razoável supor um aumento médio anual da ordem de R$ 30/MWh nas tarifas
  • Este aumento corresponde em grosso modo a 15% da conta de energia elétrica
O país vive uma farsa. O Governo não declara a gravidade da situação e os Governados vão pagando o custo exorbitante da energia como se nada estivesse ocorrendo.
Como o Brasil não vive ilhado do mundo, os custos internos da energia estão bem acima da competição. E assim a indústria nacional, que é tipicamente de médio ou baixo conteúdo tecnológico, será obrigada a reduzir sua produção (mantendo o PIB negativo que o setor vem registrando por anos) por inviabilidade de custos.
Enquanto isto as obras de expansão da oferta atrasam, os programas de subsídios estimulam fontes que não são competitivas e a matriz energética vai encarecendo dado o aumento da participação das térmicas.
O que virá em seguida?

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