Tentar entender o que se passa com o setor elétrico brasileiro,
significa conhecer melhor um passado recente em que decisões errôneas foram
tomadas, resultando atualmente em tarifas caras, fornecimento e abastecimento
precários, e risco crescente de racionamento de energia. Além de um setor sem
credibilidade, sem democracia, sem competência.
Em fevereiro de 1995, teve inicio o que ficou conhecido como a
Reestruturação do Setor Elétrico, com a aprovação pelo Congresso Nacional da
Lei nº 8987, que trata do regime de concessão e permissão da prestação de
serviços públicos.
Iniciou assim um modelo "de mercado". Ou seja: a
reestruturação foi baseada no preceito de que a ação empresarial
"concorrencional", motivada pela perspectiva do lucro econômico,
aportaria ao setor elétrico, eficiência e qualidade dos serviços prestados e
tarifas módicas. A idéia que está por trás desta suposta lógica é que o lucro
seria um sinal suficiente para garantir os investimentos. Essa assertiva não é
inteiramente verdadeira, pois as empresas do setor andam ganhando "rios de
dinheiro" sim (basta acompanhar os balancetes anuais), mas seus
investimentos ficam somente nos discursos, já que o BNDES (leia-se: o tesouro
nacional, o dinheiro dos impostos) tem sido o "Papai Noel" fora de
época para as empresas do setor elétrico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário