25 de novembro de 2013

Edvaldo Santana: Tempo perdido na diretoria da Aneel

Prestes a deixar o cargo, diretor diz que aliada à sensação de dever cumprido, fica o amargo sentimento de que os retrocessos do setor superaram os avanços
Por Adriana Maciel, de Brasília
Crédito: Agência Brasil
Foram treze anos de trabalho na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); oito dos quais à frente da diretoria da agência reguladora. Com o sentimento de “tempo perdido”, Edvaldo Santana deixará a Aneel em 22 de dezembro. Com mais empolgação, Santana afirma que o tempo como superintendente de Estudos Econômicos de Mercado foi muito mais válido, porque nesta função, ele pôde testemunhar o setor elétrico avançar em seus objetivos. Já na fase como diretor, acredita que muita coisa retrocedeu. E a pergunta que fica é: será que valeu a pena?
O engenheiro, nascido em Aracaju (SE), falou sem rodeios sobre polêmicas do setor elétrico, como a Medida Provisória 579, a Resolução CNPE 03, a relação Governo x Aneel, os processos de leilões e os novos indicados à diretoria da agência. Também afirmou que a Aneel sempre olha para o consumidor, diferentemente do que os críticos da agência reguladora dizem. Além de contar um pouco sobre sua trajetória até aqui, ressaltou que a independência é a qualidade mais importante que um futuro diretor deve ter. E apesar dos desgastes, foi algo que lutou muito para conquistar.
Com vasta produção científica no campo da regulação e de mercados de energia elétrica, o diretor publicou diversos artigos científicos nacionais e internacionais. Mestre e doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Edvaldo Santana também é professor licenciado desta universidade. Aliás, voltar às salas de aula é o que pretende fazer depois que cumprir seu mandato na Aneel.“Vou cansar de dar aula. Se eu parar de trabalhar, eu morro rápido. Vou aproveitar o que aprendi aqui para dar mais aula”, destacou.
Confira os principais trechos da entrevista, concedida com exclusividade à Revista GTD Energia Elétrica. A íntegra pode ser conferida na versão online

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