30 de agosto de 2013

Desistência da Alupar constrange EPE e Aneel

Comentário: A Alupar faz parte do Grupo Alusa, conglomerado que atua em atividades de transmissão e geração de energia elétrica. A desistência da participação deve ter alguma razão que a fez reavaliar a oportunidade do negócio. A diferença de postura da Alupar e da Chesf e Eletronorte não pode ser explicada pelos 2% a mais na sociedade que a Alupar tem com as estatais, sempre minoritárias. Isso deveria provocar o questionamento sobre o papel das empresas públicas nesses consórcios. Por que o motivo da desistência não atinge também as estatais? Qual o papel que têm no projeto? Absorver custos na sua estrutura já existente? Elas não sabem a razão da desistência do seu sócio?

Por Claudia Facchini, Stella Fontes e Rodrigo Polito | De São Paulo e do Rio

A Alupar causou constrangimento ao governo ao publicar ontem um comunicado em que afirmava ter desistido de participar do consórcio que venceu a licitação da hidrelétrica de Sinop, no Mato Grosso, minutos após a divulgação do resultado do leilão, que terminou por voltas das 13 horas.
 Representantes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) foram avisados sobre a decisão da Alupar pela imprensa, enquanto concediam entrevista sobre o desempenho do leilão de energia A-5, para projetos que entram em operação em cinco anos, realizado ontem na sede da CCEE, em São Paulo.
 Era visível o mal-estar provocado pelo comunicado, que foi enviado pela Alupar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Normal não é", disse Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, sobre o que pensava da decisão da companhia.

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