4 de julho de 2013

Opinião - O setor elétrico brasileiro: o diabo mora nos detalhes

Por Renato Queiroz e Fabio Rezende (*)
A formulação de políticas públicas em setores estratégicos, sem ampla discussão com profissionais do setor, pode não resultar em benefícios duradouros e ainda trazer consequências ruins para o próprio governo. Muitas vezes são necessários ajustes específicos para corrigir os desarranjos que vão surgindo. Uma espécie de saco cheio de líquido, mas com furos. Tampam-se alguns, mas a água continua saindo por outros.
A geração mais velha já viu várias dessas ações, principalmente quando dos choques econômicos contra a inflação em governos passados. Os resultados, na maioria dos casos, não foram os esperados. No setor energético, no passado, encontramos também exemplos de controles de preços que buscando resolver problemas pontuais não surtiram resultados duradouros.
As experiências mal sucedidas do passado para solucionar questões específicas, sem o devido aprofundamento, podem nos ensinar a como não repeti-las. Temos, atualmente, assistido a algumas decisões de política energética que se valem da mesma forma de ação. No setor elétrico, por exemplo, a instauração de novas regras (Lei Federal nº 12.783, de 11/01/2013[1]), com vistas à redução da tarifa, pode descarrilhar o setor. Indiscutivelmente o objetivo é importante. Mas a falta de discussões com os técnicos do dia a dia nas concessionárias preocupou vários especialistas pelas consequências que podem advir.
Grandes empresas de geração e transmissão terão boa parte dos seus ativos remunerada apenas pelos serviços de operação e manutenção (O&M), sob a presunção de que já foram totalmente amortizados. Os custos de O&M das instalações elétricas incluídas na nova regulação serão definidos a partir de custos médios calculados pela Agencia reguladora – ANEEL.

Opinião particular.
Me pergunto se os profissionais que estão gerindo as áreas técnicas têm entendimento  das mudanças que ocorreram ou estão apenas fazendo o que sempre fizeram???

Muitos não conseguem diferenciar os diversos níveis de conhecimento (médio, técnico e superior), mas ele existe por um motivo.... as ações necessárias nos momentos de turbulência é que irão definir o futuro das companhias.

O que você está fazendo de diferente????  nada??? Então tenha respeito consigo e com os demais e deixe para quem sabe e quer fazer.

A Engenharia não é um mero título. É um diferencial que dará a resposta necessária ao momento. Se não aqui mas nas empresas tem este entendimento.

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