4 de julho de 2013

Faltando uma semana para término do prazo, plano da Eletrobras tem 64% da adesão esperada

A Eletrobras esperava 5 mil adesões ao Plano de Demissão Incentivada (PDI), mas a sete dias do término do prazo para adesão, segundo o chefe do Departamento de Gestão de Pessoas da Eletrobras, Eliomar da Silva Ferreira, apenas 3002 dos 9 mil funcionários elegíveis aderiram – o que representa 64% da expectativa inicial. As previsões da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) sobre a baixa adesão se confirmaram.

O chefe do departamento esteve presente com diretor de Administração da empresa, Miguel Colasuonno, e o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Franklin Moreira, na audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (03/07). O evento, solicitado pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), discutiu o plano de demissão incentivada dos servidores das Empresas Eletrobras e a repercussão financeira e administrativa nas empresas. Eliomar Ferreira ressaltou ainda que “60% do custeio da Eletrobras é com o pessoal. Estamos discutindo plano de desligamento há dez meses”.

Segundo Franklin Moreira, a principal questão que impede os trabalhadores de não aderir ao PDI hoje é ter que fazer plano de saúde para aposentadoria. “Fomos chamados para discutir e mostramos preocupação com a forma de implantação desse plano, porque tínhamos exemplos traumáticos de programas assim em outras empresas, com pressão para que trabalhador possa aderir ao plano”, afirmou Moreira durante discurso. Todavia, de acordo com o presidente da FNU, os funcionários não enfrentam essa pressão na empresa. “Achamos que a forma com que está sendo conduzido o plano esta tranquila, mas achamos que as condições para a segunda etapa serem diferentes da segunda tem que ser corrigida”, ressaltou.

Memória em risco

Uma das preocupações apresentada pela empresa na reunião foi que, como 20% do quadro da Eletrobrás possui mais de 30 anos de empresa, a memória da Eletrobrás também ficou em risco com o processo de demissão incentivada. “Não queríamos perder talentos. Nossas empresas estão implantando programas de repasse do conhecimento para identificar empregados com conhecimento crítico, uma forma de retenção de capital intelectual”, explicou Miguel Colasuonno.

Segundo Colasuonno, para não perder funcionários importantes para a operação da empresa, só o diretor da área pode dizer quando o trabalhador poderá ser desligado. “Esperamos que em dois anos, dois anos e meio, ele possa transmitir obrigatoriamente para duas pessoas do setor”, afirmou o diretor de Administração acrescentando que a media de idade dos funcionários são de 46 anos, sendo que 11% com mais de 60 anos.

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