30 de outubro de 2013

Nada é tão ruim que não possa ficar pior....

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) acaba de aprovar o parecer favorável do senador Osvaldo Sobrinho (PTB/MT) ao PLS 356/2013, que altera a Lei nº 8.195, de 26 de junho de 1991, dispondo sobre as eleições e a composição dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia.

No relatório apresentado, foram incorporadas quatro emendas. A primeira delas, em seu parágrafo primeiro, afirma que “na composição do plenário dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia deverá ser atendido o princípio da proporcionalidade entre as diversas modalidades profissionais integrantes de níveis médio e superior, garantida a representação das instituições de ensino técnico de nível médio e das escolas de engenharia e de agronomia”.

A matéria seguirá, agora, à Câmara dos Deputados, salvo em caso de interposição de recurso ao plenário.

CEEE-GT faz inspeção em 80% de sua malha de transmissão

A CEEE-GT inicia nesta terça-feira (29/10), a inspeção aérea em 5,8 mil quilômetros de linhas de transmissão, numa atividade que inclui a inspeção de 80% da malha de transmissão da companhia. O objetivo do trabalho, que faz parte do programa de manutenção preventiva é, anualmente, preparar o sistema elétrico para o verão.
Segundo a companhia, a inspeção é fundamental para deixar o sistema pronto para enfrentar as elevadas temperaturas, que resultam em aumento de carga no sistema. Para tanto, a CEEE-GT contratou um helicóptero que vai percorrer o traçado das linhas em 180 horas de voo e que será realizado entre os meses de novembro de 2013 a fevereiro de 2014.
A execução do serviço caracteriza-se por uma ação que visa evitar a ocorrência de falhas transitórias e permanentes, que estão relacionadas com o crescimento da vegetação sob as LTs, favorecida pela elevada incidência de chuvas neste período associada ao abaixamento significativo dos condutores causado pelo aumento da demanda e da temperatura ambiente.
O trabalho vai investigar a existência de defeitos visíveis e atacar pontos críticos que podem ocorrer no percurso da linha e permite uma ação imediata no concerto do problema. Para o diretor de Transmissão, Gilberto Silva da Silveira “esta é a maneira mais rápida de detectar anomalias de forma ágil, acelerando as ações pontuais para a solução dos problemas relacionados principalmente com a vegetação, vandalismo e intrusamentos, que representam riscos potenciais à confiabilidade operacional do sistema de transmissão”.
A inspeção foi dividida em áreas onde estão concentradas as principais subestações do Estado que são: Gravataí, Canoas, Pelotas, Alegrete, Cruz Alta, Passo Fundo e Venâncio Aires.

De olhos vendados

PDE 2022 não reflete a operação do sistema, avaliam agentes (CANAL ENERGIA, 28/10)

Comentário: O ILUMINA concorda quase que totalmente com presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, Luiz Fernando Vianna. A concordância só não é total porque, no seu diagnóstico, falta avaliar a conseqüência da sua correta afirmação.
1.      É verdade que a reserva máxima das usinas hidráulicas do sistema está caindo em relação à carga, uma vez que a primeira está estagnada e a segunda cresce ano a ano.
2.      É verdade que uma solução seria que parte da carga seja assumida por outra forma de geração de tal maneira que, sob o ponto de vista do conjunto das hidráulicas elas percebam uma carga menor.
3.      É verdade que a operação do sistema está sinalizando isso há algum tempo e que, a partir desse ano, outros critérios de segurança fazem parte da metodologia de operação e planejamento.
4.      O que não é verdade é que toda essa mudança não tenha efeito sobre a garantia de todas as usinas do sistema. A garantia física de todas as usinas depende do critério de operação já que a média dos CMO´s (custo marginal de operação), que deve ser igual ao CME (custo marginal de expansão). Se o critério muda exigindo mais térmicas, a média do CMO aumenta e, de imediato, traz um desequilíbrio da carga crítica, e, consequentemente das garantias físicas.
  • Esse parece ser o tema que ninguém quer enfrentar, porque afeta TODO O MODELO COMERCIAL!
  • A condenação de usinas à fio d´água e PCH´s também é precipitada, pois, pelos dados de vertimentos totais do sistema, muito baixos, na realidade, não estamos enchendo nossos reservatórios. Essa seria a situação na qual as usinas sem reservatório seriam inúteis.



Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão
28/10/2013


A proposta do Plano Decenal de Expansão de Energia 2022 que está em consulta pública não espelha a real operação do sistema. Essa crítica deve-se ao fato de que a fonte térmica continua a não ter clareza em seu papel nos próximos 10 anos na matriz elétrica nacional, ainda mais diante de um cenário hidrológico como o vivido pelo país em 2013. Do plano para os próximos 10 anos a previsão é de aumentar a capacidade instalada em 63,3GW sendo que deste potencial, 1,5 GW seria destinado às térmicas, preferenciamente, a gás natural.

29 de outubro de 2013

Supersalários oneram MME - Correio Braziliense

O governo tem arcado com reembolsos de salários astronômicos de servidores do Ministério de Minas e Energia (MME), muito acima do teto constitucional de R$ 28 mil. Documentos obtidos com exclusividade pelo Correio mostram que os gastos incluem até valores de mais de R$ 98 mil referentes a participação nos lucros. Esta casta de marajás é formada por funcionários requisitados de estatais do setor elétrico. Eles não se submetem ao limite salarial do funcionalismo, e acumulam também DAS e jetons de conselhos, como é o caso do secretário executivo da pasta, Márcio Pereira Zimmermann.

Usando uma brecha legal, esses servidores fazem opção por receber a remuneração do emprego de origem. A fatura cobrada pelas empresas é enviada ao ministério, e os reembolsos são feitos. Além dos salários, são pagas as gratificações, as contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vale-alimentação e até participações nos lucros. O Tribunal de Contas da União (TCU) passou a investigar essa anomalia após o Ministério Público entrar com uma representação e questionar as devoluções de recursos que a pasta faz às estatais. O processo TC 044.735/2012-0 é relatado pelo ministro Raimundo Carreiro, que disse estar impedido de se manifestar sob o caso.

28 de outubro de 2013

Capacitação é tão importante quanto política salarial, diz auditora

Na  última sexta-feira (25/10), a auditora externa do TCE-RS Fernanda Antunes ministrou o módulo sobre Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos do curso de Nivelamento em Engenharia de Saneamento. Com atuação destacada na área de licitações e contratos, Fernanda também é instrutora da Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena, órgão de educação corporativa do TCE.
 
Antes da aula, conversamos com a auditora sobre alguns temas importantes para a atividade dos profissionais da CORSAN. Entre eles, a importância da qualificação dos engenheiros que atuam na gestão e fiscalização de contratos, atividade que demanda  conhecimentos multidisciplinares que estão além da formação do profissional.
 
Fernanda Nunes considera que tais carências acabam contribuindo para a ocorrência de irregularidades, especialmente no âmbito jurídico, mas que não denotam obrigatoriamente má-fé e sim, falta de capacitação para esta atividade.
 
Nesse sentido, Fernanda destaca que a capacitação do servidor é tão importante quanto uma política salarial, para a obtenção de bons resultados na administração pública.
 
Outro ponto da entrevista trata do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que na opinião da auditora traz inovações necessárias à administração pública. 
Clique aqui para assistir a entrevista.
Diretoria do SENGE

Ministério Público do Trabalho processa Eletrosul por expor trabalhadores a riscos de morte

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santa Catarina instaurou a Ação Civil Pública contra a Eletrosul (nº 11.032-48.2013.5.12.0014) e acusa a empresa de assédio moral individual e coletivo. A informação é destaque da última edição do semanário Linha Viva, do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região (Sinergia), que pode ser acessado no site: http://sinergia.org.br/  ou na versão PDF no endereço:http://bit.ly/1gM6DAV


Além da empresa são réus na ação o Diretor Presidente, Eurides Mescolotto, e o Diretor de Engenharia e Operação, Ronaldo Custódio. A Ação tramita na 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis e abrange os operadores e técnicos de operação nos estados de atuação da Eletrosul. Ela é fruto de pedido de mediação solicitado pela Intersul, ao Ministério Público do Trabalho – MPT que promoveu três audiências de conciliação na tentativa de resolver o impasse após a implantação da “nova política de operação” da Eletrosul. Porém, a empresa não levou a sério as reuniões de conciliação e mostrou descaso com a Notificação Recomendatória 44010/2012 que solicitava a suspensão da referida política de operação, dada às evidências de descumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho e de Normas Regulamentadoras (colocando em risco a saúde e segurança dos trabalhadores e também do sistema elétrico).

4ª Reunião do PPR - Novamente reprogramada pelo Grupo CEEE

A 4ª reunião foi novamente reprogramada, agora para dia 05/11.

Segue a nova convocação:


Prezados

Se faz necessário alterar novamente a data e horário da Reunião da Comissão Paritária do PPR.

Assunto: retorno sobre a decisão da Diretoria.
Data: 05/11/2013
Hora: 09:00
Local: Auditório A1, CAENMF, Porto Alegre

Atenciosamente.

Encontro dos Representantes Sindicais do Grupo CEEE no SENGE - CONTRIBUA

Amanhã, dia 29/10/2013 estaremos realizando o encontro dos representantes sindicais do SENGE no Grupo CEEE.
A proposta de pauta de trabalho é:
- 09:30 - 10:00
** Abertura;    
- 10:00 - 11:00
** Informes sobre os processo de discussões abertos (PPR, Gratificação Especial, Reestruturação);
- 11:00 - 11:45 
** Espaço aberto para tema proposto pelos representantes;

- 11:45 – 14:00 – Intervalo para Almoço;

- 14:00 – 15:30 
** Discussões sobre o PCS;

- 15:30 – 17:00 – Planejando as próximas ações;
** Definição das prioridades;
** Definição das ações a serem implementadas;
** Definição de atividades de cada representante nestas ações;
O objetivo deste encontro é aprimorarmos o trabalho sindical aproximando ainda mais o sindicato da categoria.
O Representante sindical é o SENGE dentro da empresa, é ele que vai levar para a mesa de negociação a opinião da maioria. Por isso é importante que você conheça o representante mais próximo de você.
Colabore, ENVIE o tema ou assunto que considere importante que será levado para a discussão do grupo. Envie por e-mail (canalabertoceee@gmail.com) ou deixe seu comentário neste post.

Diretoria do SENGE


CEEE reúne capital de R$240 milhões para LTs atrasadas

Empresa aumentou capital em consórcio para viabilizar financiamento para obras consideras imprescindíveis da Copa do Mundo
Por Natália Bezutti
Crédito: Mauricio Simonetti/Getty Images
Preocupada com o atraso das obras de transmissão consideradas imprescindíveis para a Copa do Mundo de 2014 na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a CEEE-GT está buscando um capital de R$240 milhões que será destinado ao empreendimento, que envolve quatro subestações de energia que somam 747MVA de capacidade e 102 quilômetros de linhas.
Em entrevista à reportagem do Jornal da Energia, o presidente da empresa, Gerson Carrion de Oliveira, confirmou a preocupação com o projeto e que, por isso, assumirá as obras como parte do compromisso público da empresa em solucionar o problema, de forma que nem o Estado, nem tampouco o sistema elétrico nacional, tenham prejuízos.
O primeiro passo para isso foi o aumento acionário da CEEE-GT, dentro da Transmissora de Energia Sul Brasil (TESB), para 53%, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta semana. Com essa participação majoritária, a empresa poderá fazer as operações de empréstimo ponte que necessita para dar continuidade às obras.
Metade do capital já foi obtido com o banco Goldman, e a outra parte, que ainda está em negociação, deve partir do China Development Bank (CDB), totalizando os R$240 milhões. “Assumimos o controle (do consórcio) pelo compromisso histórico da empresa que tem 70 anos. É por isso que gradativamente estamos aumentando nossa participação até que os recursos sejam liberados”, explicou.
Sobre a recuperação do cronograma, Carrion revela que o assunto tem sido acompanhado bem de perto pelo Ministério de Minas e Energia (MME). “O ministério está preocupadíssimo com esses cronogramas, o próprio Ildo Grüdtner (secretário de Energia Elétrica), está acompanhando de perto, junto também com a agência reguladora. E vamos ajustar isso à medida que estamos assumindo o controle”.
O empreendimento foi arrematado no leilão de transmissão de dezembro de 2010, com um deságio de 46,11% da Receita Anual Permitida (RAP) máxima estabelecida. Na formação original, a CEEE detinha a participação de 20% da TESB, enquanto que as demais detinham 40% cada. Em 2012, a estatal gaúcha aumentou sua participação para 26%.

PLS 356/2013 (Técnicos de Nível Médio) - É o velho ditado espanhol: "Cría cuervos y te sacarán los ojos"

O senador Osvaldo Sobrinho (PTB/MT), relator do PLS 356/2013, projeto que dispõe sobre a participação dos técnicos de nível médio nas eleições e na composição dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia, apresentou parecer favorável à matéria.

A proposição já foi incluída na pauta da reunião deliberativa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da próxima quarta-feira (30/10) e, caso aprovada, seguirá à Câmara dos Deputados, salvo em caso de interposição de recurso ao plenário.

Em síntese, a proposta objetiva legalizar a presença dos técnicos de nível médio nas composições do CONFEA e CREA's, estabelecendo a proporcionalidade da representação (cerca de 43% da composição dos plenários) e o direito à concorrerem a qualquer cargo eletivo dos conselhos federal e regionais. 

É interessante observar que na justificativa do relator consta a informação que o projeto tem o apoio do "conjunto de profissionais do sistema". Na verdade, não existe nenhuma consulta aos profissionais universitários do sistema ... O que existe, realmente, é uma posição dúbia, oportunista, dos dirigentes e integrantes do sistema CONFEA/CREA's que defendem a participação dos técnicos no sistema, mas na condição de "conselheiros de segunda linha", com um número limitado de conselheiros e, é claro, sem direito a ocupar os cargos de presidente dos conselhos federal e regionais.

Por trás dessa posição "paternalista", tuteladora, está o interesse em não perder uma fatia substancial de recursos financeiros - os técnicos são numerosos (votos) e pagam anuidades e taxas ao sistema CONFEA/CREA's. É uma proposta indecente, tipo atribuir aos técnicos o status conferido às amantes para manter intacta a família nos casamentos convencionais. Participam, mas nem tanto ...

Em linguagem popular, é farelo para os pintos.

Os engenheiros vão reagir contra essa proposta, ou vão caminhar passivamente para o matadouro?

25 de outubro de 2013

Pisando no consumidor: Audiência para adequação de bandeiras tarifárias ao modelo CVaR é reaberta pela ANEEL - Canal Energia

Comentário: Após tantas declarações enfáticas de que “o Brasil é um país que respeita contratos”, a presente notícia deixa bastante claro que depende com quem é o contrato. Quando é com o cidadão ou o consumidor, a receita é o inverso. Como se não bastasse o desrespeito aos “contratos” na saúde, na educação, na urbanização, nos transportes, e em muitas outras áreas, agora o desrespeito chega ao setor elétrico.
O Brasil adora imitar sistemas de outros países. Os que defendem o desrespeito abaixo pensam que estão implantando modernos “sinais de mercado” para o consumidor. Nada mais falso. Sistemas com sinais de mercado reais são os que oferecem opções de fornecimento ou, no mínimo, opções de horário. No caso das bandeiras tarifárias brasileiras, qual é a opção oferecida? Desligar sua geladeira, seu ar condicionado ou não usar o elevador por 3 meses?
Há algum tempo uma barbeiragem realizada numa usina do Sul fez com que uma comporta do vertedouro despencasse esvaziando o reservatório. Quem paga por erros de operação desse tipo num sistema de bandeiras tarifárias?
Qual é o contrato que está sendo desrespeitado? O das concessões das distribuidoras, que, até agora, para proteger o consumidor obrigavam a contratação da energia assegurada necessária para atender seu mercado cobrando uma única tarifa. Agora, caminhamos para a implantação de uma “sociedade no risco” entre o consumidor e o concessionário. A opção é aceitar ou aceitar.

Nos anos onde São Pedro enche os reservatórios não importando as bobagens que se façam, nada de descontos. Nessa hora, o MWh passa a custar R$ 16, mas não para o consumidor comum.

Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de Brasília, Consumidor
23/10/2013

A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu reabrir a discussão sobre as regras para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias, para adequá-las ao aumento do Custo Marginal de Operação resultante da aplicação da metodologia CVaR (Valor Condicionado a um dado Risco). Simulações feitas pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico mostram que a adoção do novo modelo de  formação de preços resultou em acréscimo de R$ 50/MWh a R$ 150/MWh no CMO, em comparação aos valores obtidos com o antigo modelo da Curva de Aversão a Risco.  



Nas assembleias, eletricitários aprovam pauta de reivindicações e rejeitam proposta de PLR apresentada pela Cemig

Nas assembleias realizadas entre os dias 7 e 11 de outubro, 95% dos eletricitários aprovaram a pauta de reivindicações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2013/2014) e rejeitaram a proposta da Cemig de impor uma PLR milionária para Superintendentes e Diretoria da empresa, com validade de dois anos.

Os trabalhadores aprovaram também a proposta de PLR com distribuição linear de R$ 30 mil para todos os eletricitários e mais R$ 5 mil para cada trabalhador caso o DEC da empresa (tempo que o consumidor fica sem energia) fique dentro do limite máximo definido pela ANEEL.

A Cemig propõe como meta da PLR a distribuição de R$ 4 bilhões de dividendos no ano. Este montante já foi definido pelo governo do Estado e não depende da vontade dos trabalhadores. A diretoria da Cemig tem falado e reiterado sobre as enormes dificuldades que a empresa está passando com as mudanças nas tarifas da geração, que diminuirão muito o faturamento e irão expor a Companhia a um grande endividamento. No entanto, a gestão não muda a agressiva política de distribuição de dividendos, que todo ano limpa os cofres da empresa para garantir retornos milionários para os acionistas.

Proposta da Cemig é ilegal, imoral e engorda o salário dos diretores e superintendentes
Imoral - A distribuição de 100% do lucro da Cemig é uma escolha do governador e não uma obrigação legal. Nem mesmo empresas privadas adotam essa prática. Este dinheiro, ou pelo menos parte dele, poderia ser usado para diminuir as tarifas de energia, fazer investimentos na melhoria dos serviços prestados, preservar as finanças da empresa, combater a terceirização e evitar acidentes de trabalho. Entretanto, essa política de dividendos é usada para garantir à Andrade Gutierrez, dentre outras empresas, recursos milionários com os dividendos.

Neste caso é importante destacar matéria do Estadão, de 15 de setembro de 2012. A matéria demonstra que 6 dos 10 maiores doadores privados para campanhas de prefeitos e vereadores em todo o país são empreiteiras. A líder do ranking é justamente a Andrade Gutierrez, de acordo com levantamento do Estadão.

24 de outubro de 2013

Copelianos aprovam proposta negociada entre sindicatos e empresa para ACT 2013/14

Os copelianos aprovaram por 3.257 votos a 868 a proposta negociada entre os 13 principais sindicatos que representam os trabalhadores e a Copel para o Acordo Coletivo de Trabalho 2013/14. Outros 84 colegas votaram em branco, anularam ou se abstiveram de opinar nas assembleias realizadas pelos sindicatos em todo o Paraná.
A contagem dos votos foi realizada na sede do km 3, em Curitiba. O ACT 2013/14 será assinado por alguns sindicatos ainda nesta sexta-feira (18). Outras entidades, com sede no interior, referendam o documento no início da próxima semana. O salário reajustado e o abono serão pagos no próximo dia 25.
Ao contrário dos dois anos anteriores, os 13 sindicatos que representam os trabalhadores que se mantiveram firmes e unidos até o fim da greve de 2012 encontraram na mesa de negociações uma empresa disposta a, de fato, negociar, inclusive com a presença de um de seus diretores.

Evasão de talentos na Eletrobras

Plano de Demissão Incentivada (PDI) joga no mercado pessoal especializado e gera vácuo de conhecimento na empresa
Por quatro décadas o engenheiro Luciano Carneiro atuou e acumulou conhecimento em atividades no Grupo Eletrobras. No auge da carreira, assessorou a presidência, trabalhando diretamente no planejamento do setor elétrico brasileiro. Mas, há cerca de um mês, deixou a empresa na mesma leva em que sairão, até 13 de dezembro, 4,3 mil empregados, que aderiram ao Plano de Demissão Incentivada (PDI), uma solução orçamentária para a companhia, após a imposição de queda de receita pelo governo.
Carneiro irá abrir um instituto para repassar o conhecimento adquirido a novatos do setor, inclusive de concorrentes da estatal, e projeta atuar, até mesmo, em países da África, onde a Eletrobras ajudou a estruturar o sistema elétrico para, em seguida, retirar-se. Em trajetória semelhante, Alcimar Tomas, após 37 anos de dedicação, deixará a Eletrobras até o fim do ano para ser "taxista ou corretor de imóveis". E Adilson de Souza, com 38 anos de experiência, "vai para casa para ficar um tempo sem planejar nada".

Governo exigirá plano para evitar relicitação de elétricas


Comentário: Claro que é melhor manter o mesmo concessionário de um serviço público com tanta importância e externalidade como o de energia elétrica. A tese de que os ativos dessas empresas são amortizados à cada revisão tarifária, em teoria é correta. O problema é saber se os técnicos da ANEEL usam critérios tão rígidos quanto os que usaram no caso da geração e transmissão. Pelas informações sobre as taxas de retorno sobre patrimônio líquido de algumas distribuidoras, parece que as revisões não capturaram as rendas excedentes para o consumidor. A comparação com as suas semelhantes americanas é preocupante.

Por Daniel Rittner | De Brasília

O governo deverá mesmo renovar, por um período de até 30 anos, as concessões de 44 distribuidoras de energia que vencem entre 2015 e 2016. Não está prevista nenhuma redução adicional das contas de luz. A prorrogação dos contratos, no entanto, não será um "cheque em branco" às empresas. Pelo menos duas dezenas delas ultrapassam os indicadores mínimos de qualidade do serviço estipulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para esses casos, a tendência é haver uma renovação "condicionada" das concessões. O governo pretende exigir a adoção de planos de investimentos para colocar esses indicadores, como frequência e duração dos apagões, dentro das metas da Aneel. Caso haja descumprimento na execução dos planos, que vão ter um rígido acompanhamento anual, o contrato será encerrado e a concessão será relicitada em seguida.

A intenção do governo, porém, é evitar que isso realmente ocorra. Uma fonte com conhecimento das discussões diz que o processo de relicitação das distribuidoras pode ser complicado e faz uma comparação com a usina de Três Irmãos, da estatal paulista Cesp, que não teve sua concessão prorrogada. "A hidrelétrica tem 80 funcionários na operação e na manutenção. Uma distribuidora, às vezes, tem mais de dez mil empregados. Como fica a estrutura gigantesca de uma empresa que perde a concessão?", questiona.

O que tem atrasado o pacote de renovação dos contratos das distribuidoras é o prazo a ser dado para esses planos de investimentos. Há quem fale em um período de dois a cinco anos, mas não existe nenhuma definição.

23 de outubro de 2013

4ª Reunião do PPR foi programada - Dia 28/10

Segue a convocação da comissão paritária do PPR:

Prezados

É necessário alterarmos a data da reunião Comissão Paritária Única do PPR, visto que houve alteração da data da Reunião de Diretoria.

Assunto: retorno sobre a decisão da Diretoria.
Data: 28/10/2013
Hora: 14:00
Local: Auditório A1, CAENMF, Porto Alegre.

Contamos com sua compreensão.

Acompanhe os trabalhos através das publicações no blog.

21 de outubro de 2013

Revista Engenheiro - Edições de Setembro e Outubro

Prezados Senhores,

Segue abaixo link para acesso às edições nº 136 e 137 do Informativo O Engenheiro, publicação da Federação Nacional dos Engenheiros - FNE, relativa aos meses de Setembro e Outubro de 2013.

Link para revista: Engenheiro - Edição de Setembro

Link para revista: Engenheiro - Edição de Outubro



18 de outubro de 2013

Governo decretará uso de software livre por órgãos federais


O anúncio foi feito em primeira mão pelo diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni, na abertura da 10ª Conferência Latino-americana de Software Livre (Latinoware)
O governo federal vai publicar na sexta-feira, 18, um decreto obrigando que todos os programas usados na administração pública federal ­­– direta ou autarquias – sejam baseados em software livre. O anúncio foi feito em primeira mão pelo diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni, na abertura da 10ª Conferência Latino-americana de Software Livre (Latinoware), na tarde de quarta-feira, 16, que acontece em Foz do Iguaçu, no Paraná. 
"Hoje é um dia histórico para os defensores de software livre e eu faço questão de divulgar aqui, para a comunidade", disse Mazoni. De acordo com ele, a exigência é que os softwares sejam auditáveis, ou seja, que se possa desmontá-los e verificar se eles estão fazendo exatamente o que devem fazer ou se, por exemplo, há algum programa malicioso instalado.
Na segunda-feira, 14, a Presidência da República já tinha anunciado o uso do Expresso V3, sistema de e-mails baseado em código aberto que, até 2014, deve predominar na administração pública federal. As medidas têm o objetivo de reforçar a segurança virtual e reduzir o risco da espionagem em mensagens oficiais.

Fonte: http://www.fne.org.br

DESLIGANDO OS ÚLTIMOS APARELHOS...

Milton Pires

Ilmo.Sr.Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)
Dr.Roberto Luiz D'Ávila:

No dia 4 de outubro de 2013, a Revista Veja, através do jornalista Ricardo Setti, fez a gentileza de publicar uma carta em que eu me dirigi ao senhor. Naquela ocasião pedia, praticamente implorava, acreditando representar quase 400.000 médicos, que renunciasse ao cargo de presidente do CFM. Quando o fiz, pensava invocar conceitos como “ética” e “honra” que hoje vagam como fantasmas dentro de toda sociedade brasileira – almas penadas filhas do governo petista.
Desde a publicação da primeira carta, várias coisas aconteceram naquilo que se refere à implantação do Programa Mais Médicos. Nada mais estranho, portanto, do que o fato de escrever-lhe uma segunda carta pleiteando exatamente a mesma coisa que a primeira, não é? Pois bem: sustento que não. Apenas esclareço que minha motivação agora é outra.
Tomei conhecimento, estarrecido, do acordo que o senhor fez com pessoas como Alexandre Padilha e Rogério Carvalho. Confesso que até agora não sei bem o que escrever sobre as condições que o levaram a fazê-lo. Entendo perfeitamente sua preocupação com o advento de uma monstruosidade chamada “Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde” e digo que havia prometido, a mim mesmo, não lhe dirigir mais a palavra através da imprensa. Hoje quebro a promessa e explico-lhe o porquê: li declarações suas afirmando que o “novo texto da emenda agradou boa parte da categoria.”Isso, Dr.Roberto, o senhor não vai fazer sem receber a devida resposta.
Quero aqui acreditar que escrevo em nome de “quase” todos os médicos brasileiros e dizer-lhe que (assim como o senhor afirma) não tenho ambição política nem represento partido algum. Há quase 14 anos minha vida como servidor público e médico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre vem sendo administrativamente destruída por gente que lá entrou durante a administração do Partido dos Trabalhadores e de lá – mesmo com a mudança de governo – jamais saiu.
O senhor, Dr.Roberto, sabe que nada de novo há nesse processo de assédio moral contra os médicos . Tenho certeza que entende que eu não sou o único exemplo entre os colegas que não aceitam eufemismos para transformar nossa profissão em política. Eu nunca colaborei com os conceitos de “acolhimento”...de “multidisciplinaridade”..nem de “portas abertas” trazidos à saúde pública desde 1988 e que servem hoje para esconder a falência da rede hospitalar, a carência completa de material e recursos, além da desorganização total dos serviços.
Afirmo que o senhor, inadvertidamente, aceitou abrir mão de uma prerrogativa histórica do CFM ao permitir o exercício da profissão no Brasil por médicos registrados pelo Ministério da Saúde. Mais do que jogar fora a sua reputação pessoal, o senhor atingiu aquela que deveria ser a nossa máxima instituição. Se o fez com boas intenções; agiu com pouca inteligência. Se agiu com má intenção; não pode nos representar. De uma forma ou de outra, seu lugar – acredite-me – não é mais aí.
Nenhum vínculo tenho eu com o Deputado Ronaldo Caiado. Não voto no seu partido (aliás não voto em ninguém) mas entendo perfeitamente seu sentimento na severa crítica que lhe fez em público. Afirmo ainda que a partir de agora, cada vez que um paciente nos ofender, sempre que outro “profissional da saúde” nos desacatar, ou um diretor clínico injustamente nos punir, já não temos mais moral para reação pois acabaram-se as crenças nas denúncias e fiscalizações que tanto alardeiam os conselhos regionais.

O petróleo e o ouro do Brasil no tribunal da história

Permitir que terceiros se apropriem do comando sobre o petróleo do Brasil, o ouro negro dos nossos tempos, como foi feito com o ouro branco das Minas Gerais, é uma traição à Pátria e às aspirações históricas desse povo laborioso, criativo e inteligente. 15/10/2013
Ceci Juruá
A descoberta do pré-sal na plataforma marítima brasileira representa mais uma oportunidade propícia à consecução de um grande salto econômico e social.  Na atualidade o petróleo é a riqueza capaz de garantir a construção de uma sociedade de bem-estar para todos os brasileiros.  Mas poderá ser oportunidade perdida, se não formos capazes de garantir o comando brasileiro de sua exploração.   Esta é uma lição da nossa história, retirada dos estudos realizados sobre os ciclos econômicos e, particularmente, o ciclo do ouro.

No Brasil o ouro foi descoberto na virada do século XVII para o XVIII. Representava a maior massa aurífera que aparecera desde o início dos tempos modernos, registra Roberto Simonsen no seu clássico “História Econômica do Brasil”.  É quase consensual, no entanto,  a convicção que o país mais beneficiado pela descoberta do ouro das Minas Gerais foi a Inglaterra, à qual Portugal se vinculava pelo Tratado de Methuen (1703).  Por isto reproduziu-se,  com o ouro, o processo que ocorrera com o açúcar, especiaria cujo cultivo entre nós beneficiara mais à Holanda do que a Portugal e ao Brasil.  A lição do açúcar brasileiro não fora aprendida pela metrópole Portugal. 

Entre 1701 e 1725, o volume de ouro brasileiro recebido anualmente em Londres passou de 1.785 quilos para 20 mil quilos, informa Pierre Villar em “Ouro e moeda na História”.  Segundo este autor, o ouro do Brasil drenado para a Inglaterra através do comércio (e do contrabando, dizem outros), facilitou enormemente o desenvolvimento inglês, pois permitiu àquela nação multiplicar por quatro a cunhagem anual de libras esterlinas em ouro. Sobrava, para a coroa de Portugal, um imposto de 20%, o quinto, mas apenas daquelas quantidades não contrabandeadas e levadas às casas de fundição instaladas no Brasil.

Reservatório do NE no pior nível em uma década

Comentário: Coincidência ou influência do clima pré anúncio da Medida Provisória 579 de redução tarifária, o gráfico mostra dados que precisam ser explicados. É verdade que as afluências do São Francisco estão baixas, mas este tem sido o padrão observado há 10 anos. Ao contrário do que diz um dos especialistas consultados, o problema extrapola a região Nordeste.
1.      O ano de 2011 foi excepcional em termos de energia natural(linha azul, eixo esquerdo).
2.      Em fevereiro de 2012, mês normalmente chuvoso, S. Pedro mostrou sua zanga
3.      É de se estranhar a redução de geração térmica observada em 2012 (colunas marrons, eixo direito) perante dados de afluências já ruins.
4.      Depois do anúncio da MP 579 (setembro), por coincidência (?), as térmicas são acionadas ao máximo (~ 10.000 GWh/mês)
5.      Um acionamento preventivo no entorno de 8.000 GWh/mês poderia ter “guardado” cerca de 26 TWh nos reservatórios do São Francisco.
6.      Esse acionamento preventivo significaria um adicional de energia equivalente à carga do Nordeste por 3 meses e certamente uma situação mais segura.

Como se vê, a segurança do sistema está precisando de uma revisão com urgência.

Valor 16/10/13 - Por Rodrigo Polito | Do Rio
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A tendência é que os reservatórios da região fechem outubro com o pior nível para o mês nos últimos dez anos. Em 2003, eles registraram a cota de 18,97%. O indicador atual está em 27,8%.

Com tais números, especialistas acreditam que mais térmicas terão que ser acionadas para gerar mais energia para a região. O cenário é agravado pelo crescimento previsto para o consumo de energia no Nordeste. O ONS aumentou, de 8,1% para 8,3%, a estimativa da demanda na região em outubro, para 9.979 MW médios.

"Como nos meses anteriores, a região Nordeste deve continuar a apresentar afluências muito abaixo da média histórica no mês de outubro", afirmou o ONS na última revisão semanal do Programa Mensal de Operação deste mês.

A situação no país só não é mais delicada do que a observada em igual período do ano passado porque o nível dos reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de estoque do país, está acima do registrado em outubro de 2012. Hoje, esses reservatórios registram nível de 47,7%, contra os 42,8% que foram apurados na mesma data do ano passado.

14 de outubro de 2013

Wasa2il: Solucionando a democracia através da tecnologia


Ainda que os Partidos Piratas nacionais sejam autônomos e independentes, muitos admitem que um dos maiores problemas do estado desolador do mundo seja o de que o poder vem sendo cada vez mais e mais retirado das pessoas. Talvez isto seja especialmente verdadeiro no que se refere aos países que intitulam-se democracias ocidentais. Com o intuito de corrigir este desequilíbrio, os Piratas vêm desenvolvendo políticas e software que têm por objetivo trazer a participação dos cidadãos para a política – utilizando a internet e a tecnologia como plataformas.
Muitos Partidos Piratas estão implementando o feedback líquido como um meio de tomada de decisões internas. Alguns exemplos incluem o PPDE (Partido Pirata da Alemanha), que o utiliza como uma forma de gerar enquetes entre membros do partido, e o PPIT (Partido Pirata Italiano), que descartou seu mural de discussões para que seus membros pudessem tomar decisões via feedback líquido. Este último não encontra-se livre de críticas, e há muitos programadores e filósofos piratas buscando desenvolver modelos aprimorados.

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